montricot

e a fila anda

Enquanto não resolvo o que fazer com a colcha, sigo firme no propósito de gastar os restinhos.

e o barato saiu caro...

Turma, muito obrigada pelos elogios. Realmente, a minha colcha esta(va) ficando linda. Mas... brochei. Tá certo que a Anne não é láááá essas coisas, que é dos fios mais baratos que a gente encontra por aí. Até por isso mesmo não é difícil achar em qualquer armarinho e numa grande quantidade de cores, o que me animou a usá-la, mas depois que eu li que novelos guardados há um determinado tempo simplesmente desmancham e já tendo notado que as primeiras carreiras da colcha estão formando bolinhas, resolvi que não vale a pena seguir até o fim...

Sniff...

Agora me resta decidir se:

a) deixo a coisa marinando no fundo da caixa dos trabalhos por terminar até que autodestrua

b) uso os novelos que já comprei e faço uma colchinha para cobrir as pernas em frente à tevê quando (espero) o tempo der uma esfriada

c) dôo a parte já feita para alguma alma indômita que queira continuar o trabalho

d) desmancho o que já fiz e dôo para a vizinha da empregada da vizinha (não é letra de pagode, hein?) que sustenta a filha deficiente com seus trabalhos de crochê

Cartas para a redação.

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E só para passar inveja, a Jane acabou outra colcha liiiinda.

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Pra quem estava com dificuldade de entender como é feito esse ponto, a Majot avisa: a Elaine tem um vídeo que ensina a técnica, a diferença é que na colcha não se pula os pontos.

maria-vai-com-as-outras

Pra quem estava neste mundo no começo da década de 70, com certeza teve em casa ou vi na casa de alguém uma colcha ou almofada como estas (lá em casa foi a almofada - em tons de amarelo, laranja verde e preto :D)

Mas, pelo menos pra mim, quem começou essa nova onda foi a Jane, do Yarnstorm (se você não lê inglês, não se acanhe; o texto é ótimo, mas as imagens... literalmente um blog para comer com os olhos!). Desde que ela postou sobre esta manta, a idéia ficou dando voltas na minha cabeça.

Só que este ano resolvi comprar o mínimo possível e baixar ao máximo meu estoque (é uma vergonha: tenho novelos de mais de vinte anos, alguns com quase trinta, e tenho que me conter cada vez que vou aos armarinhos ou vejo uma boa oferta aqui.)

Daí lembrei que tinha alguns novelos de linha Anne que comprei para fazer esta blusa (que continua nos meus planos, mas na próxima tentativa vou usar as cores originais da receita; a combinação que escolhi não funcionou - pelo menos na blusa :D).

Pensei então em fazer não uma manta, mas uma colcha para a cama da filhota. Recentemente compramos para ela uma daquelas camonas tipo americano, com 1,1m de largura e colchão com 30cm de altura, e não há colcha que sirva direito. Até as minhas antigas de casal (que estavam guardadas desde passei para uma queen size) ficam um pouco curtas.

Segurei a tentação e fiquei só com as 6 cores iniciais. Primeiro porque não tinha noção de quanto ia precisar para fazer a colcha toda e, segundo, vai que eu perco o gás... O que eu menos quero agora é entupir o pouco espaço que tenho com mais material :D

Pra não ter que quebrar a cabeça com a ordem das cores, usei este programinha, fiz e refiz até achar uma combinação que me agradasse, salvei e... mãos à obra.

Comecei no carnaval, já estou na segunda leva de novelos (como as cores se alternam, diferenças nas partidas não fazem muita efeito mesmo - e já que a idéia é ir comprando a medida que for precisando, ia ser muito difícil mesmo achar das mesmas :D)

Bom, já fiz um terço. Não parei totalmente, mas diminuí muito o ritmo. Me dei prazo até o próximo carnaval pra terminar. Vamos ver se consigo...

(Apesar de parecer o contrário, todas as fotos são da mesma colcha. É impressionante, mas em nenhuma consegui que as cores ficassem como na 'vida real'. Vou ter que tentar de novo)

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O engraçado foi descobrir só depois de ter começado que não fui a úniuca a pegar o 'vírus' . Já rola um knit-a-long, grupos do flickr, mais flickr, blogs e mais blogs... Enfim, cada um do seu jeito, tem saído tanta coisa linda...

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Ah, e estou percebendo um ressurgimento do que eles chamam lá fora de 'granny squares'. Achei este aqui liiiiindo (Atualização: na verdade, esse é o modelo Babette Blanket publicado pela Interweave Crochet 2006 e tem até um grupo no flickr! De ba-bar...)

quebrando as regras

Quando desta nova encarnação do MT, jurei a mim mesma que gastaria apenas o razoável na manutenção do blog e que, por mais que gostasse, teria que me segurar no quesito tirar dúvidas.

Primeiro, porque o tempo de que eu dispunha há um ano atrás foi reduzido drás-ti-ca-mente - e não há no horizonte a possibilidade de que aumente tão cedo.

Segundo, porque agora há muitos, muitos mais fontes onde pesquisar em português, seja nos próprios sites (a Círculo tem um manual de tricô muito bom, pra quem não conhece), seja nos zilhões de blogs que apareceram de três anos pra cá. (Eu sei que acostumei a turma muito mal, mas um pouco de tough love nunca é tarde demais - ainda mais agora, que oficialmente virei mãe de adolecente, tenho praticado muito).

Porém (sempre tem um porém) não resisti quando me pediram uma explicação que, apesar de bem básica, essa a gente não encontra fácil por aí - e além de o pedido ter sido feito muito educadamente, quem fez foi um menino de 22 anos.

(Confesso que tenho um fraco por meninos tricoteiros - mas tudo muito inocente, viu? não vão maldar minhas intenções :D)

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Peraí que vai num post separado prumodi ser mais fácil de achar.

a melhor amiga do/a tricoteiro/a parte 1

Uma pergunta que vejo muito por aí desde que comecei com o blog é: 'com quantos pontos?', questão que é, ao mesmo tempo, simples e complicada.

Primeiro, vai depender da peça a ser feita.

Se for um cachecol, exatidão não é muito importante, mas mesmo assim ninguém quer sair com um cobertor ou um espaguete enrolado no pescoço, então vamos começar com ele.

Digamos que você queira fazer um cachecol com mais ou menos 20 cm de largura.

A lã escolhida, vamos à escolha das agulhas.

A que eu escolhi recomenda agulhas entre 3 e 4, e como meu ponto nem é muito apertado nem muito frouxo, vou experimentar com as 3,5.

Montei 30 pontos (podem ser 20 se for uma lã mais grossa) e fiz uma três carreiras no ponto escolhido (cordões de tricô - vai ser um cachecol bem basicão). Sem tirar das agulhas, pego a minha fita métrica e vejo quantos pontos correspondem a 5 cm (o ideal seriam 10 cm, mas como, neste caso, a precisão não é o mais importante, vamos ficar com os 5 mesmo)

No meu caso, os 5cm correspondem a 13 pontos.

Agora vem a melhor amiga de qualquer tricoteiro/a, a nossa velha, boa e confiável (quase sempre) regra de 3

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(momento cola)

Se matemática não era o seu forte, rumbora lembrar:

Se 5 cm são iguais a 13 pontos e eu quero saber quantos pontos preciso para ter 20 cm, fazemos a continha:

5cm = 13p

20cm = y

y= 20x13

       5

y=260

    5

y= 52

(fim do momento cola)

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Ou seja, para o cachecol de 20 cm com a agulha, lã e ponto escolhidos, eu preciso montar uns (lembrando que é um cachecol, não vamos estressar por um pontinho a mais um a menos) 52 pontos.

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Bom, mas essa é só a primeira parte. Quando se trata de pulôveres, cardigans ou mesmo de adaptar receitas, o buraco é mais embaixo. Se tudo der certo, vou ver se falo disso daqui a pouco (lembrando que pode ser daqui a uma semana ou mais - tempo, tempo, tempo, sempre o tempo!).

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A propósito, sei que as fotos estão terríveis, mas se eu fosse esperar a luz do dia, rá, esse post só saía lá por julho :D